ABSTRACT
Objective: To determine the prevalence, clinical characteristics and impact of migraine among medical students in the city of Ouagadougou. Methods: This across-sectional study was carried out during a period of 6 months from August 2021 to January 2022. Participants were selected by stratified random sampling according to academic level. Hetero-administered questionnaire was administred to each student. Migraine was diagnosed according to the ICHD 3rd edition criteria and the MIDAS was used to assess the impact of migraine on students' quality of life. Results: Two hundred and twenty seven students were selected for this study. The prevalence of migraineurs was 31.8%. Their mean age was 22.20±2.67 years. There was female predominance among the migraineurs (73.9%). More than half of the migraineurs had a family history of headache disorders (53.6%). Migraine without aura was the most frequent subtype (59.4%). Visual aura was predominant (78.2%). Migraine was of moderate intensity in 60.8% of cases. Insomnia and/or lack of sleep was the most common trigger (73.7%) followed by stress and fatigue in 71% of cases. Migraine caused severe disability in 15.9% of migraineurs. Conclusion: There was a high prevalence of migraine among medical students in Burkina Faso. Stress and irregular sleep were the most common triggers factors.
Objetivo: Determinar a prevalência, características clínicas e impacto da enxaqueca entre estudantes de medicina na cidade de Ouagadougou. Métodos: Este estudo transversal foi realizado durante um período de 6 meses, de agosto de 2021 a janeiro de 2022. Os participantes foram selecionados por amostragem aleatória estratificada de acordo com o nível acadêmico. Questionário heteroadministrado foi aplicado a cada aluno. A enxaqueca foi diagnosticada de acordo com os critérios da 3ª edição da ICHD e o MIDAS foi utilizado para avaliar o impacto da enxaqueca na qualidade de vida dos estudantes. Resultados: Duzentos e vinte e sete alunos foram selecionados para este estudo. A prevalência de enxaquecas foi de 31,8%. A média de idade foi de 22,20±2,67 anos. Houve predomínio do sexo feminino entre os portadores de enxaqueca (73,9%). Mais da metade dos pacientes com enxaqueca tinha histórico familiar de cefaleia (53,6%). A enxaqueca sem aura foi o subtipo mais frequente (59,4%). A aura visual foi predominante (78,2%). A enxaqueca foi de intensidade moderada em 60,8% dos casos. A insônia e/ou falta de sono foi o gatilho mais comum (73,7%), seguida de estresse e fadiga em 71% dos casos. A enxaqueca causou incapacidade grave em 15,9% dos pacientes com enxaqueca. Conclusão: Houve uma alta prevalência de enxaqueca entre estudantes de medicina em Burkina Faso. Estresse e sono irregular foram os fatores desencadeantes mais comuns.